domingo, 27 de setembro de 2015

Textos e vídeos para as próximas aulas

Prezados alunos,

Após o fechamento do 3º bimestre, continuaremos estudando filosofia da ciência. Nas próximas aulas, gostaria de expor brevemente alguns princípios racionais como complemento à atividade de recuperação. Para isso, utilizaremos um pequeno trecho do livro Iniciação à Filosofia (de Marilena Chaui).

Em seguida, gostaria de sugerir a todos que assistissem três vídeos disponíveis no YouTube para discutirmos em sala de aula:











Após discutirmos esses vídeos, entraremos no texto que já tinha sido disponibilizado há algumas semanas em outra postagem. Trata-se do Capítulo 29 - A atitude científica (pp. 286-292) e do Capítulo 30 - A ciência na história (pp. 293-301), ambos extraídos do livro didático Iniciação à Filosofia (mencionado acima). Esses capítulos podem ser baixados aqui.

Abraços

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Recuperação

Prezados alunos,

Como a maioria de vocês já sabem, nossas últimas aulas têm sido dedicadas à vista de trabalhos e à recuperação. Para os alunos que não estavam presentes, deixo aqui as questões da atividade de recuperação. Lembrando que a atividade precisa ser entregue até hoje (25/09).

Recuperação

- Para entregar (colocar nome, número e série).

1- Qual acontecimento deu a Semmelweis a chave para a resolução do caso da febre puerperal? Por quê? Qual foi o procedimento utilizado para testar sua hipótese?

2- Qual experiência foi utilizada para ampliar a hipótese inicial de Semmelweis? Explique.

Atenção: os alunos do 3º K não precisam fazer a questão 3.

3- Construa tabelas de verdade para as seguintes proposições:
a) ∧ ~
b) ∨ ~p
c) (∨ q∧ ~(∧ p)

Qualquer dúvida, estarei amanhã na escola nas duas últimas aulas.

Abraços

sábado, 19 de setembro de 2015

Prorrogação da entrega dos trabalhos e comentários no blog

Prezados alunos,

Aceitarei trabalhos atrasados no máximo até segunda-feira (21/09). Trabalhos (pesquisa e redação) entregues após essa data serão considerados apenas para nota de recuperação.

Nas últimas aulas, fui informado por um aluno que o blog só aceita comentários de usuários com conta. Esse problema de configuração foi corrigido, de modo que agora é possível fazer comentários anônimos.

Abraços

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Entrega dos trabalhos

Prezados alunos,

Apenas lembrando que hoje (18/09) é a data limite para entrega dos trabalhos (pesquisa e redação). Estarei na escola, provavelmente, a partir das 20h30.

Abraços

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Lógica proposicional (parte 2)

Prezados alunos,

Nas aulas de lógica proposicional, depois de vermos os conectivos básicos e suas tabelas de verdade, analisamos alguns argumentos: modus ponens, modus tollens e, por fim, a falácia de afirmação do consequente. Sendo que os dois primeiros são argumentos válidos e o último, um argumento inválido. Os argumentos válidos possibilitam fazer inferências a partir de premissas que consideramos verdadeiras.

Lembrando que no caso de uma implicação como p ⊃ q chamamos p de antecedente e q de consequente.

A seguir, deixo a estrutura dos argumentos seguidas de um exemplo geral e exemplos retirados do texto e, por fim, a formalização lógica com a tabela de verdade correspondente.

1. Modus ponens

Argumento válido: se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também é verdadeira. O argumento consiste em uma premissa (P1) com uma implicação (condicional) seguida de uma premissa (P2) que afirma o antecedente dessa implicação; de modo que a conclusão (C) é o consequente da implicação.

1.1 Estrutura do argumento

Premissa 1: Se p é verdadeiro então q também é verdadeiro
Premissa 2: p é verdadeiro
Conclusão: q é verdadeiro

1.2 Exemplo

P1: Se está chovendo então o chão está molhado
P2: Está chovendo
C: O chão está molhado

1.3 Forma lógica e tabela de verdade

[(pq) ∧ p] ⊃ q

p
q
pq
[(pq) ∧ p]
[(pq) ∧ p] ⊃ q
T
T
T
T
T
T
F
F
F
T
F
T
T
F
T
F
F
T
F
T


2. Modus tollens

Argumento válido: se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também é verdadeira. Também chamado de prova indireta. O argumento consiste em uma premissa (P1) com uma implicação (condicional) seguida de uma premissa (P2) que nega o consequente dessa implicação; de modo que a conclusão (C) é a negação do antecedente da implicação.

2.1 Estrutura do argumento

Premissa 1: Se p é verdadeiro então q também é verdadeiro
Premissa 2: q não é verdadeiro (q é falso)
Conclusão: p não é verdadeiro (p é falso)

2.2 Exemplo

P1: Se está chovendo então o chão está molhado
P2: O chão não está molhado
C: Não está chovendo

2.3 Como o argumento aparece no texto

P1: Se a alta mortalidade no Primeiro Serviço é decorrente do temor evocado pelo aparecimento do padre com seu auxiliar então uma mudança apropriada no procedimento do padre deveria ser acompanhada de um declínio nos casos fatais.
P2: A mudança no procedimento do padre não reduziu a taxa de mortalidade.
C: A alta mortalidade no Primeiro Serviço não decorre do aparecimento do padre e seu auxiliar.

ou

P1: Se a posição das mulheres durante o parto ocasiona a alta taxa de mortalidade no Primeiro Serviço então a adoção da posição lateral no Primeiro Serviço reduziria a mortalidade.
P2: A adoção da aposição lateral não reduziu a mortalidade.
C: Não é a posição das mulheres que ocasiona a alta taxa de mortalidade.

2.4 Forma lógica e tabela de verdade

[(pq) ∧ ~q] ⊃ ~p

p
q
~p
~q
pq
[(pq) ∧ ~q]
[(pq) ∧ ~q] ⊃ ~p
T
T
F
F
T
F
T
T
F
F
T
F
F
T
F
T
T
F
T
F
T
F
F
T
T
T
T
T


3. Falácia de afirmação do consequente

Argumento inválido: existe a possibilidade de que as premissas sejam verdadeiras e que a conclusão seja falsa. O argumento consiste em uma premissa (P1) com uma implicação (condicional) seguida de uma premissa (P2) que afirma o consequente dessa implicação; de modo que a conclusão (C) é o antecedente da implicação.

Ver a linha 3 da tabela de verdade: coluna 4 (conjunção das premissas) recebe o valor T (ou seja, ambas as premissas são verdadeiras) e na coluna 1 a conclusão recebe o valor de verdade F (a conclusão é falsa). Na coluna 5 podemos ver que a forma do argumento não é tautológica, pois recebe um valor de verdade F na linha 3, justamente onde está a falha do argumento.

3.1 Estrutura do argumento

Premissa 1: Se p é verdadeiro então q também é verdadeiro
Premissa 2: q é verdadeiro
Conclusão: p é verdadeiro

3.2 Exemplo

P1: Se está chovendo então o chão está molhado
P2: O chão está molhado
C: Está chovendo

Comentário: Nesse caso o chão molhado poderia ser decorrente de algum outro fator que não a chuva (um balde de água ou uma mangueira, por exemplo).

3.3 Como o argumento aparece no texto

P1: Se a febre puerperal é um envenenamento do sangue provocado pela matéria cadavérica então as medidas antissépticas apropriadas reduziriam os casos fatais da doença.
P2: As medidas antissépticas apropriadas reduziram a taxa de mortalidade.
C: A febre puerperal é um envenenamento do sangue provocado pela matéria cadavérica.

Comentário: Como ficou demonstrado no final do texto, a febre podia ser causada não somente por material cadavérico, mas também por "matéria pútrida retirada de um organismo vivo". Esse fato mostra a falha na argumentação. No entanto, esse argumento é frequentemente utilizado em ciência (ainda que não de modo conclusivo), pois apresenta a probabilidade de ser verdadeiro (no caso da tabela de verdade abaixo, poderíamos dizer, 75% de chance de ser verdadeiro).

3.4 Forma lógica e tabela de verdade

[(pq) ∧ q] ⊃ p

p
q
pq
[(pq) ∧ q]
[(pq) ∧ q] ⊃ p
T
T
T
T
T
T
F
F
F
T
F
T
T
T
F
F
F
T
F
T


Basicamente, foi isso que estudamos nas últimas aulas. Qualquer dúvida podemos conversar nas próximas aulas ou quem preferir pode usar os comentários abaixo.

Para os alunos que possam ter interesse em se aprofundar em filosofia da lógica deixei um texto na pasta do Dropbox sobre tautologias e contradições (em formatos pdf e docx).

Abraços

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Lógica proposicional

Prezados alunos,

Nas últimas aulas começamos a estudar um pouco de lógica proposicional. Vimos alguns conectivos básicos e suas respectivas tabelas de verdade. Deixo os conectivos e as tabelas para os alunos que faltaram ou por algum motivo não puderam copiar da lousa:

(1) ~ [leia-se “não”],
(2) ∧ [leia-se “e”],
(3) ∨ [leia-se “ou” ],
(4) ⊃ [leia-se “implica”].

Esses conectivos são chamados por Smullyan (2002/2009, p. 5), respectivamente, de conectivo de negação, de conjunção, de disjunção e de implicação. Sendo que o primeiro é um conectivo unário e os três últimos são conectivos binários.

Dadas duas proposições elementares “p” e “q” podemos combiná-las de diferentes maneiras com os conectivos para criar novas proposições moleculares. Por exemplo:

(1) p ∧ q (leia-se “p e q”),
(2) p ∨ q (leia-se “p ou q”),
(3) p ⊃ q (leia-se “p implica q”),
(4) ~p ∧ ~q (leia-se “não p e não q"), e assim por diante.

A cada uma dessas proposições corresponde uma tabela de verdade que mostra as relações internas entre as proposições elementares que as compõem. De modo que em cada situação, as proposições moleculares – que são funções de verdade das proposições elementares – recebem valorações diferentes. Isso mostra que o valor de verdade das proposições moleculares são determinados pelas valorações atribuídas às proposições elementares e pelas operações de verdade a elas aplicadas.

Por exemplo, sejam “p” e “q” proposições elementares e “p ∧ q” uma proposição molecular – considerando “T” para verdadeiro e “F” para falso  –, desse modo, a seguinte tabela de verdade representa as possibilidades de verdade de “p ∧ q”:

p
q
p q
T
T
T
T
F
F
F
T
F
F
F
F

Assim, o que essa tabela de verdade mostra é que ao aplicar a operação de verdade correspondente ao conectivo de conjunção (“∧”) obtém-se uma proposição molecular (“p ∧ q”) que é uma função de verdade das proposições elementares (“p” e “q”) que a compõem. A operação de conjunção determina que a proposição molecular receba o valor de verdade “T” somente quando as duas proposições elementares que a compõem recebem o valor “T”, caso contrário, a proposição molecular recebe o valor de verdade “F”. Segundo Wittgenstein, “todas as funções de verdade são resultados da aplicação sucessiva de um número finito de operações de verdade às proposições elementares” (2010, p. 217, 5.32).

Para "p ∨ q", a tabela é a seguinte:

p
q
p q
T
T
T
T
F
T
F
T
T
F
F
F

Para "p ⊃ q", a tabela de verdade é:

p
q
p q
T
T
T
T
F
F
F
T
T
F
F
T

No caso do conectivo unário de negação, a tabela mais simples é a seguinte:

p
~p
T
F
F
T

Essas foram as tabelas que vimos até o momento.

Abraços

Referências bibliográficas

SMULLYAN, Raymond M. Lógica de Primeira Ordem. Trad. Andréa M. A. de Campos Loparic, René Pierre, Luciano Vicente. São Paulo: Editora UNESP; Discurso Editorial, 2002/2009.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Tractatus Logico-Philosophicus. 3ª ed. Trad. Luiz Henrique Lopes dos Santos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010.

Dois capítulos de Iniciação à filosofia

Prezados alunos,

Depois de trabalharmos em sala o texto Um caso histórico como exemplo (de Carl G. Hempel) e estudarmos alguns aspectos básicos de lógica proposicional, recomendo a leitura de dois capítulos do livro didático Iniciação à filosofia (de Marilena Chaui).

Trata-se do Capítulo 29 - A atitude científica (pp. 286-292) e do Capítulo 30 - A ciência na história (pp. 293-301). Esses capítulos podem ser baixados aqui, mas quem tiver interesse pode fazer o download do livro completo nesse link.

A edição que disponibilizei na pasta do Dropbox é a mais recente (de 2014), no entanto, a escola possui várias cópias de uma edição anterior (de 2012) que também pode ser utilizada sem problemas. Na edição de 2012 o texto está nas páginas 295-311.

Abraços

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Pesquisa e redação

Prezados alunos,

Nas últimas aulas de filosofia, passei os trabalhos para a nota do 3º bimestre. Para aqueles que não estavam presentes ou para os que por algum motivo não puderam copiar da lousa, deixo aqui os enunciados dos dois trabalhos:

Pesquisa: O que é ciência? (em grupos de até 5 alunos)
- Abordar os seguintes pontos:
a) O que é ciência?
b) O que diferencia a ciência de outras formas de conhecimento?
c) Quais as principais características do método científico?
- Fontes: Internet, livros, dicionários de filosofia, artigos acadêmicos, entre outras.
- Trabalho impresso de acordo com as seguintes orientações: Capa (título/ tema; disciplina; nome, número e série dos integrantes); no mínimo duas páginas de texto; fonte times new roman ou arial (tamanho 12 no corpo do texto e tamanho 14 para títulos); espaçamento entre linhas 1,5; parágrafo com recuo de 1, 25 cm; texto justificado; mencionar as referências (fontes de pesquisa) no final do trabalho.

Redação: Um caso histórico como exemplo (individual)
- Escrever uma redação (de 15 a 20 linhas) sobre o texto trabalhado em sala de aula. Busque destacar os seguintes pontos na sua redação:
a) Quais as principais etapas da investigação de Semmelweis?
b) Por que o caso de Semmelweis fornece um bom exemplo de como funciona a investigação científica?
c) Procure fazer uma análise lógica de um dos argumentos utilizados para descartar ou confirmar uma das hipóteses do caso.
- Colocar nome, número e série na redação.

As datas de entrega de ambos os trabalhos (por turma) são as seguintes:

3º J e 3º N: 14/09
3º L: 17/09
3º K e 3º M: 18/09

Abraços